17/08/2010

TP 2 - 2º AVANÇANDO NA PRÁTICA

GESTAR II
Programa Gestão de Aprendizagem Escolar
GRE Vale do Capibaribe – Limoeiro – PE
Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco
Governo do Estado de Pernambuco

AVANÇANDO NA PRÁTICA – TP2 – Análise Lingüística e Análise Literária

Formadora: Maria José de Barros
Professor formando: Hidelbrando Lino de Albuquerque
Escola/Município: Escola Ana Faustina – Surubim – Pernambuco.
Fascículo / Tema: TP2 – Análise Lingüística e Análise Literária
Atividade desenvolvida: Unidade 05 – Gramática: seus vários sentidos – Seção 2 – A gramática descritiva e o ensino reflexivo – p. 31
Turma onde a atividade foi realizada: EJA 4 – Turno: Noite
Período: 04 aulas
Dias: 29 de julho, 02, 03 e 05 de agosto de 2010.

O “Avançando na prática” foi realizado com base nas orientações do material do GESTAR II – TP2 – Análise Lingüística e Análise Literária – Unidade 05 – Gramática: seus vários sentidos – Seção 2 – A gramática descritiva e o ensino reflexivo – p. 31. Decidi fazer algumas alterações antes de trabalhar com o material visando facilitar a aprendizagem dos alunos. No primeiro dia, ao chegar na sala, após apresentar o planejamento da aula aos alunos, iniciei uma leitura em voz alta com base no texto “Minha primeira história”, do escritor Ivan Ângelo. De imediato, todos os alunos pararam para prestar atenção tendo em vista a forma efusiva que utilizei para ler os enunciados do texto. Penso que os alunos pararam, por causa do conteúdo lido a partir da frase: “Eu odeio professores.” Pela forma como li – em voz alta – foi possível prender a atenção dos alunos, bem como, alcançar a interpretação esperada, já que a turma não esperava que um educador levasse um texto que iniciasse com uma frase como aquela.

Tivemos uma conversa breve e informal sobre o assunto. Logo após, realizei a distribuição do texto para os alunos, os quais fizeram a leitura individual em sala. Na aula seguinte, iniciei a aula resgatando a leitura anterior e partindo para os questionamentos propostos. Perguntados se “pela construção do texto e pelo título do depoimento, qual você imagina ser o professor inesquecível do autor?” Uma resposta chamou a atenção na sala, a partir de uma percepção destacada por um aluno (Lucas), cujo conteúdo chamou a atenção de todos, inclusive a minha, enquanto educador. A resposta foi que o professor inesquecível do autor era a Ferraz, da disciplina Português, porque “segundo o início do depoimento, o aluno diz que não tinha nenhum problema com os professores, a não ser o fato de eles terem com ele, mas... no final do depoimento ele diz que tem o problema dele com a Ferraz.” Ou seja, a observação quanto à colocação dos pronomes “eles” (referindo-se aos professores) e “dele” (referindo-se ao próprio personagem do texto) utilizados pelo autor do texto contribuíram para aguçar a percepção dos leitores durante a análise do texto. A análise permitiu contextualizarmos o assunto que estamos estudando: pronomes. Na terceira aula, os alunos se dedicaram a responder, individualmente, as questões pertinentes a figura do narrador propostas na 3ª questão do texto. Finalizada a aula, combinamos de realizar um debate na aula seguinte, a partir das respostas obtidas. No dia marcado, iniciamos a aula com uma breve reflexão de agradecimento a Deus pelas graças obtidas. Depois, formamos um círculo na sala, e debatemos sobre os questionamentos respondidos na aula anterior. Na sequência, fomos compartilhando as respostas dos alunos a partir dos seguintes questionamentos: a) Quais as suas características como aluno? De modo geral, a resposta da turma foi que o aluno do texto era um aluno perguntador, “aluno cidadão”, perguntador, curioso, “o tipo que eu aceitaria em meu grupo”; não era bagunceiro; o aluno tinha vontade de aprofundar o conhecimento; b) O fato de o depoimento ser feito por ele mesmo cria ou não a possibilidade de ser parcial? Durante a aula anterior eu fui questionado e expliquei aos alunos o significado do termo “parcial”. A resposta da maioria foi que o aluno foi imparcial mesmo tendo sido ele que contou a história; c) É um tipo de aluno comum em nossas salas de aula? A resposta dos alunos foi: Não. Partindo de nós mesmos, já que praticamente 80% da turma não se interessam em perguntar com medo de sofrer constrangimentos dos próprios colegas. Durante o debate, uma aluna comentou que ficou constrangida porque queria tirar uma dúvida sobre sexualidade (em um outro momento e em outra disciplina) e a sala a deixou constrangida. Aproveitei o depoimento da aluna e estimulei os alunos a não terem receio de perguntar na sala já que todos estamos aprendendo sempre, inclusive o professor; d) A reação dos professores também é comum? / e) As várias personalidades dos professores também são comuns? A turma respondeu as duas perguntas de maneira unânime ao afirmar que “não”, pois todos os professores desta Escola gostam quando os alunos questionam. De modo geral, o debate foi muito proveitoso porque serviu para mexer com as lembranças dos alunos sobre os professores que marcaram a vida deles, possibilitando do lado positivo: superar traumas como falar na sala; lembrar dos professores amigos; sorrir das paixões despertadas pelos alunos com relação às professoras da Educação Infantil; despertar para a necessidade de valorizar os professores e colegas de classe etc. Do lado negativo veio à tona lembranças de acusações injustas por parte de professores em tempos anteriores; das “reguadas” na cabeça quando os alunos não sabiam as respostas; dos pais que não deixavam os alunos estudarem; da rebeldia comedida dos alunos etc. Ao final, percebi que os alunos gostaram da atividade, o que possibilitará num próximo momento promovermos outros debates.
É o relatório.

Surubim – PE, 06 de agosto de 2010.

Hidelbrando Lino de Albuquerque
Professor formando

2 comentários:

  1. Eu também realizei essa atividade com meus alunos e achei muito interessante a sua abordagem. Parabéns!
    Maria do Livramento
    http://criacoesgestar.blogspot.com

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  2. Olá! De fato, essa experiência nos permite refletir sobre a prática docente. Um grande abraço.

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