25/12/2011

UMA REFLEXÃO PARA O NATAL

Por que tantos não têm e eu tenho? Por que eu estou bem vestido, trabalhando, vivendo com uma família, uma verdadeira companheira, enquanto muitos estão à espera de uma roupa usada, uma oportunidade de emprego ou mesmo “um bico” para poder fazer pelo menos a feira da semana, um pai, uma mãe, ou pelo menos alguém por companhia?
Natal é esperança! É um momento especial para podermos olhar para os lados e constatarmos o quanto somos privilegiados... Natal é um momento de poder dizer “Obrigado Senhor” por tudo o que alcancei. Obrigado pelas oportunidades que não deixei passar e agarrando-me a elas com unhas e dentes foi possível tirar delas o melhor proveito possível sem passar por cima de ninguém.
Sei que existem muitas pessoas que ainda estão ali, à espera de algo melhor para as suas vidas. É por essas pessoas que elevo meus pensamentos a Deus pedindo que o Senhor possa aliviar o sofrimento delas. São essas pessoas Senhor que nos fazem lembrar que o importante mesmo não são bens materiais que possuímos, mas principalmente valores como humildade, alegria, esperança. Tais valores são possíveis de encontrar em cada lar por mais humilde que seja se ali o mal da inveja, da falta de compreensão e da falta de companheirismo não estiverem presentes.
A essa hora vejo que muitas pessoas ainda estão trabalhando, enquanto que eu estou aqui, me preparando para a hora da festa. Que bom seria que essas pessoas também pudessem estar assim como eu estou neste momento... Onde estão seus patrões nesses momentos? Onde essas pessoas gostariam de estar nesse momento?
Ops! Quase ia esquecendo de que há no rosto de cada uma daquelas pessoas um semblante de alegria porque apesar do horário e do período (natalino) em que estão trabalhando até essa hora, elas também estão felizes. Muito provavelmente elas não sabem que em situação menos privilegiadas que as delas ainda existem em nosso país, mais de 16 milhões de pessoas abaixo da linha da miséria.
E a roda vai girando... e eu me pergunto: até quando?
Até quando iremos nos deparar com tanta desigualdade? Até quando iremos nos deparar com tantas faltas?
Que neste Natal possamos nos alegrar com o que possuímos e no momento que formos chamados a colaborar que não meçamos esforços para ajudar. Que quando alguém lhe estender à mão, não receba uma negativa em retribuição. Que a gente lembre sempre de dizer sim àqueles que nos procuram... Que a gente seja capaz de pelo menos oferecer em nossas orações, pedidos ao nosso Deus para que a situação daquelas pessoas carentes possa ser aliviada com um gesto por menor que ele seja. Eu posso fazer isso. Você também. Pense nisso!
É Natal! Você desejou votos de um feliz natal? Você rezou pelo outro? Você se desprendeu de algo material para ofertar ao outro por livre e espontânea vontade? Você fez alguma doação sem que ninguém mais soubesse além de você mesmo? Você deu um abraço desejando feliz natal verdadeiramente? Ainda há tempo... Bem sei o valor e o quanto batalhamos para estarmos e chegarmos até aqui. Mas eu também sei o quanto podemos ajudar a quem precisa, se não por iniciativa própria, tomando à frente de alguma campanha, mas sendo solidários quando formos procurados para ajudar.
Na condição de profissionais formais ou informais temos feito muito pelo outro durante todo o ano. Porém, o momento é especial... É Natal! É o momento de se doar mais um pouco além do que fazemos pelo outro no dia-a-dia de forma direta ou indireta. A noite de Natal começa daqui a pouco, mas você pode fazer na vida do outro um Natal diferente em cada dia do ano por meio de ações que você por ventura não fazia e que agora vai começar a fazer. “Fazei com que a mão esquerda não veja o que a tua direita está a fazer”. Esta grande lição divina representa bem o verdadeiro espírito do Natal e pode ser vivenciada durante todos os dias do ano, para que quando chegarmos nesta data especificamente podermos olhar para o que praticamos durante o ano e dizer com toda certeza: FELIZ NATAL!
Não somos santos. Todos pecamos em maior ou menor proporção. Mas se procurarmos controlar mais nossas ações, nossa língua, nosso pensamento... talvez, a carga seja menor quando estivermos colocando na balança o que fizemos de bom e de ruim durante cada período de nossas vidas.
Apesar dos pecados cometidos, eu procurei fazer a minha parte e você fez a sua? Pense nisso! Agora venha aqui... eu estou esperando o seu abraço para dizer verdadeiramente FELIZ NATAL!