25/08/2016
06/08/2016
I CONGRESSO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E CULTURA DE PAZ DA UFPE e 8ª Semana de Cultura de Paz: DIVERSIDADE, GÊNERO E SEXUALIDADE VIOLÊNCIA HOMOFÓBICA NO BRASIL (2011)
I CONGRESSO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E CULTURA DE PAZ DA UFPE e 8ª Semana de Cultura de Paz: DIVERSIDADE, GÊNERO E SEXUALIDADE
VIOLÊNCIA HOMOFÓBICA NO BRASIL (2011)
UM OLHAR SOBRE A DIVERSIDADE SEXUAL E SUA RELAÇÃO COM A ESCOLA
Hidelbrando Lino de Albuquerque
Lúcia Helena Barbosa Guerra
OBJETIVO
Possibilitar uma reflexão acerca da Diversidade Sexual e sua relação com a escola, com vistas para a necessidade de ampliar o discurso em favor daqueles que não participam do padrão heteronormativo.
GÊNERO
Do ponto de vista antropológico do termo, a representação de “gênero” pauta-se sob “a forma como se manifesta, social e culturalmente, a identidade sexual dos indivíduos” (FERREIRA, 2000, p. 345).
As discussões sobre as representações de gêneros e de sexualidade ainda se encontram refletidas em vários fatores, que resultam em dilemas presentes em nosso meio social: a condição de ser pessoa, a questão da integridade corporal, o direito a igualdade, a diversidade, a religiosidade, entre outros.
É no meio social dos que pertencem à classe menos privilegiada (àqueles que estão às margens do sistema) que a violência acentua-se moderadamente. E isso ocorre, talvez pelo jogo de inversões de poder, talvez pela falta de apoio por parte dos governantes em desenvolver trabalhos realmente sociais, que valorizem mais o indivíduo na sociedade
Infelizmente, em pleno século XXI ainda se percebe o desrespeito com que são tratados todos os gêneros vinculados ao grupo LGBT em nosso meio social, que de uma forma ou de outra estão sofrendo com a violência praticada de forma tão discriminada.
OBJETO DE ESTUDO
Indivíduos que, constantemente, são marginalizados pela classe dominante por meio de práticas sexistas e de exclusão social.
JUSTIFICATIVA
É importante ampliar o discurso, envolvendo inclusive a escola, sobre a necessidade de se combater as mais variadas formas de violência contra as representações de gêneros e de sexualidade presentes em nosso meio social.
METODOLOGIA
A pesquisa qualitativa, realizada por meio de livros, artigos e periódicos impressos e na Internet, a qual foi complementada e enriquecida pela experiência em ter participado, como aluno, no Curso de Extensão em Educação em Direitos Humanos, promovido pela CEAD/UFPE (2013), com destaque especial para o Módulo VI – Diversidade Sexual, o que possibilitou discorrer sobre a temática proposta de forma mais segura.
ORIENTAÇÃO SEXUAL
Faz referência direta com a “capacidade de cada pessoa ter uma profunda atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de gênero diferente, do mesmo gênero ou de mais de um gênero, assim como ter relações íntimas e sexuais com essas pessoas” (ABLGBT, 2010: 10 apud GUERRA, 2012, p. 3).
HOMOAFETIVIDADE
O Governo Federal, por meio do Supremo Tribunal Federal, em 5 de maio de 2011 conferiu aos casais homossexuais o direito à união estável, reconhecendo-os como família homoafetiva, autorizando de uma vez por todas o casamento entre pessoas do mesmo sexo, seja por habilitação direta, seja por conversão de união estável, determinando que "é vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo"
Ainda é alarmante o número de pessoas que sofrem violência na sociedade devido a sua orientação sexual ser diferente do padrão heteronormativo, conforme apontam os dados do Disque Direitos Humanos, da Central de Atendimento â Mulher, da Ouvidoria do SUS e de denúncias efetuadas diretamente aos órgãos LGBT da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o qual revela um quadro de violações cotidianas dos mais variados tipos contra essa população no Brasil.
Os dados revelam que é preciso conscientizar as pessoas de que em uma sociedade moderna o que é universal se concretiza na forma plural como cada um, de forma particular (única) se manifesta, dentro de uma sociedade diversa. E desse conjunto de diversos é que se forma o todo, o plural, enfim, a pluralidade cultural.
A Educação é um importante meio e ferramenta que possui força e influência para a mudança do discurso contra a Homofobia em sala de aula e na sociedade, uma vez que pela sua capacidade transformadora é possível dar lastro ao assunto provocando a abertura do diálogo.
É de fundamental importância que o ambiente escolar coloque em prática atitudes até então presentes só na teoria do que orienta a boa educação cidadã, uma vez que é necessário “respeitar a diversidade de valores, crenças, e comportamentos existentes e relativos à sexualidade, desde que seja garantida a dignidade do ser humano” (PCN, 2001, p. 133) para que finalmente as pessoas possam conviver em paz e aceitar que as diferenças existem, e que devem ser respeitadas.
SUGESTÕES
Buscar políticas públicas que visem assegurar ao indivíduo pertencente ao grupo LGBT meios para que a criminalização da Homofobia aconteça a fim de que esses índices alarmantes de práticas violentas sejam combatidos.
RESULTADOS
O estudo permitiu constatar a necessidade das escolas trabalharem mais com a questão da orientação sexual e da identidade de gênero, uma vez que ainda é muito forte a presença do preconceito e discriminação sexual em sala de aula.
Abordar a temática de forma interdisciplinar o que contribuiria muito para o combate ao preconceito no ambiente escolar numa perspectiva voltada para o exercício da cidadania e promoção da igualdade entre todos.
Promover a discussão com o objetivo de colocar em uso o que de fato já está no papel, e que muito há que se fazer para dar lastro a esse processo, considerando que poucas escolas já deram “um primeiro passo”, tornará a questão de gênero na escola um assunto refletido num ambiente de harmonia, respeito e paz entre todos, já que a escola prepara para a vida.
Capacitar docentes e jovens estudantes para o exercício cotidiano de práticas que envolvam a inclusão social, a partir da temática “gênero”. É importante que a família participe mais ativamente da vida escolar dos seus filhos.
Uma ação conjunta envolvendo todos que compõem o universo escolar: equipe gestora x professor x aluno x família x sociedade, para que finalmente possamos imaginar uma escola que respeite e conviva de forma verdadeiramente inclusiva, plantando e semeando a ideia de que todos os gêneros constroem a sociedade e por isso promover o respeito à diversidade sexual é fundamental.
Fonte: Relatório sobre a Violência Homofóbica no Brasil – 2011
01/10/2013
25/12/2011
UMA REFLEXÃO PARA O NATAL
Por que tantos não têm e eu tenho? Por que eu estou bem vestido, trabalhando, vivendo com uma família, uma verdadeira companheira, enquanto muitos estão à espera de uma roupa usada, uma oportunidade de emprego ou mesmo “um bico” para poder fazer pelo menos a feira da semana, um pai, uma mãe, ou pelo menos alguém por companhia?
Natal é esperança! É um momento especial para podermos olhar para os lados e constatarmos o quanto somos privilegiados... Natal é um momento de poder dizer “Obrigado Senhor” por tudo o que alcancei. Obrigado pelas oportunidades que não deixei passar e agarrando-me a elas com unhas e dentes foi possível tirar delas o melhor proveito possível sem passar por cima de ninguém.
Sei que existem muitas pessoas que ainda estão ali, à espera de algo melhor para as suas vidas. É por essas pessoas que elevo meus pensamentos a Deus pedindo que o Senhor possa aliviar o sofrimento delas. São essas pessoas Senhor que nos fazem lembrar que o importante mesmo não são bens materiais que possuímos, mas principalmente valores como humildade, alegria, esperança. Tais valores são possíveis de encontrar em cada lar por mais humilde que seja se ali o mal da inveja, da falta de compreensão e da falta de companheirismo não estiverem presentes.
A essa hora vejo que muitas pessoas ainda estão trabalhando, enquanto que eu estou aqui, me preparando para a hora da festa. Que bom seria que essas pessoas também pudessem estar assim como eu estou neste momento... Onde estão seus patrões nesses momentos? Onde essas pessoas gostariam de estar nesse momento?
Ops! Quase ia esquecendo de que há no rosto de cada uma daquelas pessoas um semblante de alegria porque apesar do horário e do período (natalino) em que estão trabalhando até essa hora, elas também estão felizes. Muito provavelmente elas não sabem que em situação menos privilegiadas que as delas ainda existem em nosso país, mais de 16 milhões de pessoas abaixo da linha da miséria.
E a roda vai girando... e eu me pergunto: até quando?
Até quando iremos nos deparar com tanta desigualdade? Até quando iremos nos deparar com tantas faltas?
Que neste Natal possamos nos alegrar com o que possuímos e no momento que formos chamados a colaborar que não meçamos esforços para ajudar. Que quando alguém lhe estender à mão, não receba uma negativa em retribuição. Que a gente lembre sempre de dizer sim àqueles que nos procuram... Que a gente seja capaz de pelo menos oferecer em nossas orações, pedidos ao nosso Deus para que a situação daquelas pessoas carentes possa ser aliviada com um gesto por menor que ele seja. Eu posso fazer isso. Você também. Pense nisso!
É Natal! Você desejou votos de um feliz natal? Você rezou pelo outro? Você se desprendeu de algo material para ofertar ao outro por livre e espontânea vontade? Você fez alguma doação sem que ninguém mais soubesse além de você mesmo? Você deu um abraço desejando feliz natal verdadeiramente? Ainda há tempo... Bem sei o valor e o quanto batalhamos para estarmos e chegarmos até aqui. Mas eu também sei o quanto podemos ajudar a quem precisa, se não por iniciativa própria, tomando à frente de alguma campanha, mas sendo solidários quando formos procurados para ajudar.
Na condição de profissionais formais ou informais temos feito muito pelo outro durante todo o ano. Porém, o momento é especial... É Natal! É o momento de se doar mais um pouco além do que fazemos pelo outro no dia-a-dia de forma direta ou indireta. A noite de Natal começa daqui a pouco, mas você pode fazer na vida do outro um Natal diferente em cada dia do ano por meio de ações que você por ventura não fazia e que agora vai começar a fazer. “Fazei com que a mão esquerda não veja o que a tua direita está a fazer”. Esta grande lição divina representa bem o verdadeiro espírito do Natal e pode ser vivenciada durante todos os dias do ano, para que quando chegarmos nesta data especificamente podermos olhar para o que praticamos durante o ano e dizer com toda certeza: FELIZ NATAL!
Não somos santos. Todos pecamos em maior ou menor proporção. Mas se procurarmos controlar mais nossas ações, nossa língua, nosso pensamento... talvez, a carga seja menor quando estivermos colocando na balança o que fizemos de bom e de ruim durante cada período de nossas vidas.
Apesar dos pecados cometidos, eu procurei fazer a minha parte e você fez a sua? Pense nisso! Agora venha aqui... eu estou esperando o seu abraço para dizer verdadeiramente FELIZ NATAL!
Natal é esperança! É um momento especial para podermos olhar para os lados e constatarmos o quanto somos privilegiados... Natal é um momento de poder dizer “Obrigado Senhor” por tudo o que alcancei. Obrigado pelas oportunidades que não deixei passar e agarrando-me a elas com unhas e dentes foi possível tirar delas o melhor proveito possível sem passar por cima de ninguém.
Sei que existem muitas pessoas que ainda estão ali, à espera de algo melhor para as suas vidas. É por essas pessoas que elevo meus pensamentos a Deus pedindo que o Senhor possa aliviar o sofrimento delas. São essas pessoas Senhor que nos fazem lembrar que o importante mesmo não são bens materiais que possuímos, mas principalmente valores como humildade, alegria, esperança. Tais valores são possíveis de encontrar em cada lar por mais humilde que seja se ali o mal da inveja, da falta de compreensão e da falta de companheirismo não estiverem presentes.
A essa hora vejo que muitas pessoas ainda estão trabalhando, enquanto que eu estou aqui, me preparando para a hora da festa. Que bom seria que essas pessoas também pudessem estar assim como eu estou neste momento... Onde estão seus patrões nesses momentos? Onde essas pessoas gostariam de estar nesse momento?
Ops! Quase ia esquecendo de que há no rosto de cada uma daquelas pessoas um semblante de alegria porque apesar do horário e do período (natalino) em que estão trabalhando até essa hora, elas também estão felizes. Muito provavelmente elas não sabem que em situação menos privilegiadas que as delas ainda existem em nosso país, mais de 16 milhões de pessoas abaixo da linha da miséria.
E a roda vai girando... e eu me pergunto: até quando?
Até quando iremos nos deparar com tanta desigualdade? Até quando iremos nos deparar com tantas faltas?
Que neste Natal possamos nos alegrar com o que possuímos e no momento que formos chamados a colaborar que não meçamos esforços para ajudar. Que quando alguém lhe estender à mão, não receba uma negativa em retribuição. Que a gente lembre sempre de dizer sim àqueles que nos procuram... Que a gente seja capaz de pelo menos oferecer em nossas orações, pedidos ao nosso Deus para que a situação daquelas pessoas carentes possa ser aliviada com um gesto por menor que ele seja. Eu posso fazer isso. Você também. Pense nisso!
É Natal! Você desejou votos de um feliz natal? Você rezou pelo outro? Você se desprendeu de algo material para ofertar ao outro por livre e espontânea vontade? Você fez alguma doação sem que ninguém mais soubesse além de você mesmo? Você deu um abraço desejando feliz natal verdadeiramente? Ainda há tempo... Bem sei o valor e o quanto batalhamos para estarmos e chegarmos até aqui. Mas eu também sei o quanto podemos ajudar a quem precisa, se não por iniciativa própria, tomando à frente de alguma campanha, mas sendo solidários quando formos procurados para ajudar.
Na condição de profissionais formais ou informais temos feito muito pelo outro durante todo o ano. Porém, o momento é especial... É Natal! É o momento de se doar mais um pouco além do que fazemos pelo outro no dia-a-dia de forma direta ou indireta. A noite de Natal começa daqui a pouco, mas você pode fazer na vida do outro um Natal diferente em cada dia do ano por meio de ações que você por ventura não fazia e que agora vai começar a fazer. “Fazei com que a mão esquerda não veja o que a tua direita está a fazer”. Esta grande lição divina representa bem o verdadeiro espírito do Natal e pode ser vivenciada durante todos os dias do ano, para que quando chegarmos nesta data especificamente podermos olhar para o que praticamos durante o ano e dizer com toda certeza: FELIZ NATAL!
Não somos santos. Todos pecamos em maior ou menor proporção. Mas se procurarmos controlar mais nossas ações, nossa língua, nosso pensamento... talvez, a carga seja menor quando estivermos colocando na balança o que fizemos de bom e de ruim durante cada período de nossas vidas.
Apesar dos pecados cometidos, eu procurei fazer a minha parte e você fez a sua? Pense nisso! Agora venha aqui... eu estou esperando o seu abraço para dizer verdadeiramente FELIZ NATAL!
07/09/2011
COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS ...
Escola Ana Faustina – Surubim – PE
Série/Turma: 6º Ano E.F. – Turmas: “E”
Disciplina: Língua Estrangeira Moderna – Inglês
Mês: Agosto 2011
CONTEÚDO: Verb To Be (Presente); Membros da família; Numerais cardinais de 0 a 100; Pronomes Pessoais; Produção de texto em Inglês.
OBJETIVOS:
- Identificar o verbo TO BE no presente do Indicativo em enunciados escritos;
- Tornar reconhecível os membros da família de forma contextualizada;
- Localizar numerais cardinais em Inglês em expressões;
- Identificar os Pronomes Pessoais em texto;
- Reproduzir texto em inglês adequando à realidade do estudante;
- Desenvolver a fluência em leitura por meio de texto compartilhado;
- Traduzir palavras ditadas em Português para o Inglês.
REFLETINDO SOBRE A EXPERIÊNCIA REALIZADA...
A atividade foi realizada na aula de Língua Estrangeira Moderna – Inglês em dois momentos com objetivo de revisar conteúdos que os estudantes já haviam estudado em aulas anteriores, a saber: Verbo To Be (Presente); Membros da família; Numerais cardinais de 0 a 100; Pronomes Pessoais; Produção de texto em Inglês. No primeiro momento, apresentei um texto em Português com lacunas para os estudantes completarem com informações sobre a família e depois traduzir todo o texto para Inglês. Depois, corrigi a atividade com os estudantes e pedi que eles estudassem o assunto para a atividade de revisão dos conteúdos de forma oral. No segundo momento, sorteei um dos textos que os estudantes haviam traduzido e copiei no quadro para fins de socialização com a classe. Realizamos leiturização coletiva em Inglês. Com base no texto copiado no quadro, comecei a sortear os estudantes para que eles viessem ao quadro localizar onde estava o conteúdo que eu solicitasse tempestivamente. A atividade foi muito interessante porque a cada sorteio os estudantes ficavam na expectativa do acerto (ou do erro) do estudante, o que motivou toda a sala para participar da atividade lúdica. Ao final, pela forma como conduzi a atividade, todos os estudantes da sala tiveram oportunidade de vir ao quadro. Para finalizar a aula, realizei um ditado de Português para os estudantes localizarem o conteúdo e escreverem em Inglês as palavras propostas. Considerei esta atividade muito importante para a aprendizagem dos estudantes porque consegui revisar os conteúdos estudados de forma bem participativa, já que os estudantes também demonstraram ter gostado muito da atividade proposta.
Série/Turma: 6º Ano E.F. – Turmas: “E”
Disciplina: Língua Estrangeira Moderna – Inglês
Mês: Agosto 2011
CONTEÚDO: Verb To Be (Presente); Membros da família; Numerais cardinais de 0 a 100; Pronomes Pessoais; Produção de texto em Inglês.
OBJETIVOS:
- Identificar o verbo TO BE no presente do Indicativo em enunciados escritos;
- Tornar reconhecível os membros da família de forma contextualizada;
- Localizar numerais cardinais em Inglês em expressões;
- Identificar os Pronomes Pessoais em texto;
- Reproduzir texto em inglês adequando à realidade do estudante;
- Desenvolver a fluência em leitura por meio de texto compartilhado;
- Traduzir palavras ditadas em Português para o Inglês.
REFLETINDO SOBRE A EXPERIÊNCIA REALIZADA...
A atividade foi realizada na aula de Língua Estrangeira Moderna – Inglês em dois momentos com objetivo de revisar conteúdos que os estudantes já haviam estudado em aulas anteriores, a saber: Verbo To Be (Presente); Membros da família; Numerais cardinais de 0 a 100; Pronomes Pessoais; Produção de texto em Inglês. No primeiro momento, apresentei um texto em Português com lacunas para os estudantes completarem com informações sobre a família e depois traduzir todo o texto para Inglês. Depois, corrigi a atividade com os estudantes e pedi que eles estudassem o assunto para a atividade de revisão dos conteúdos de forma oral. No segundo momento, sorteei um dos textos que os estudantes haviam traduzido e copiei no quadro para fins de socialização com a classe. Realizamos leiturização coletiva em Inglês. Com base no texto copiado no quadro, comecei a sortear os estudantes para que eles viessem ao quadro localizar onde estava o conteúdo que eu solicitasse tempestivamente. A atividade foi muito interessante porque a cada sorteio os estudantes ficavam na expectativa do acerto (ou do erro) do estudante, o que motivou toda a sala para participar da atividade lúdica. Ao final, pela forma como conduzi a atividade, todos os estudantes da sala tiveram oportunidade de vir ao quadro. Para finalizar a aula, realizei um ditado de Português para os estudantes localizarem o conteúdo e escreverem em Inglês as palavras propostas. Considerei esta atividade muito importante para a aprendizagem dos estudantes porque consegui revisar os conteúdos estudados de forma bem participativa, já que os estudantes também demonstraram ter gostado muito da atividade proposta.
23/07/2011
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
(Hidelbrando Lino de Albuquerque)
Este texto foi produzido com a intenção de compartilhar o conhecimento obtido acerca do tema proposto por meio de leituras estudos e pesquisas em teóricos e estudiosos do assunto, como: Ana Teberosky, Emilia Ferreiro, Magda Soares, Paulo Freire, além das formações que tive o prazer de participar com os professores formadores do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores – PROFA; Programa de Formação Continuada de Professores das Séries Iniciais do Ensino Fundamental – PRÓ-LETRAMENTO – Alfabetização e Linguagem; Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II, entre outros. Vamos lá!
Há diferença entre ALFABETIZAÇÃO e LETRAMENTO? Os termos se aproximam ou se distanciam? Onde começa um e termina o outro? Ou os dois podem acontecer simultaneamente?
ALFABETIZAÇÃO: “um processo ativo por meio do qual a criança, desde seus primeiros contatos com a escrita, construiria e reconstruiria hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita, compreendida como um sistema de representação” (PRÓ-LETRAMENTO, 2006, Fascículo 1, p. 10).
Em linhas gerais, podemos considerar que a Alfabetização seria um aprendizado inicial da leitura e da escrita, da natureza e do funcionamento do sistema de escrita, segundo Emilia Ferreira e Ana Teberosky como um processo ativo por meio do qual a criança, não se limitaria apenas ao domínio de correspondência entre grafemas (letras ou grupos de letras: a, b, c, lh, rr, ss, entre outras) e fonemas (o som), mas como sendo o aprendizado que a criança alcança ao saber escrever reconhecendo as letras, grafar e reconhecer letras, usar o papel, entender a direcionalidade da escrita, pegar o lápis, codificar, estabelecer relações entre sons e letras, de fonemas e grafemas, percebendo unidades menores que compõem o sistema de escrita (palavras, sílabas, letras), resultante de uma interação entre o sujeito da aprendizagem e a língua escrita que ocorre desde o ambiente familiar da criança nos primeiros anos de idade até os outros espaços de aprendizagem (escola, comunidade). Nesse contexto, identificar os quatro níveis de evolução para a aquisição do sistema de escrita será fundamental para conhecer os caminhos que a criança percorre participando dessa construção. Trata-se, portanto de observar como ocorre a “Psicogênese da escrita” ou “Gênese da leitura e da escrita” apontados por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky nos quatro níveis de evolução da escrita, a saber:
1. Nível pré-silábico
2. Nível silábico
3. Nível silábico-alfabético
4. Nível alfabético
No nível pré-silábico, conhecido inicialmente também pela “construção de garatujas”, a criança não diferencia o desenho da escrita, pois supõe escrever produzindo pseudoletras, números entre letras, para nomes diferentes letras diferentes. Observa-se a hipótese desse nível em dois eixos: quantitativo e qualitativo.
Eixo quantitativo (número de letras)
geladeira = NIO
sol = AOUP
Mar = TOSACBI
Eixo qualitativo = hipótese: realismo nominal: nome de pessoas, animais e coisas têm relação com seu tamanho.
Patinho = COB
Pato = FRSUAEI
O nível silábico corresponde ao nível das hipóteses onde a escrita representa pautas sonoras da fala por meio da qual o aprendiz consegue atribuir uma letra para cada sílaba.
Celular = ELT (silábico evoluído)
Alegria = ABRL (silábico evoluído)
Estrela = IAD (silábico evoluído)
Nível silábico-alfabético essas hipóteses evoluem como um progresso do nível silábico para um nível mais aproximado do alfabético.
Milho = IO
Sol = OU
Tijolo = IOO
Óculos = OQU
Caixa = CAIZIO
Mão = MANU
No Nível alfabético percebe-se a capacidade que o estudante possui em fazer convencionalmente uma análise dos fonemas que escreve, bem como, observar a partir daí, problemas relativos à ortografia.
Tartaruga = TARLARUGA
Sol = SOU
Chocolate = Xocolate
A leitura no livro “Psicogênese da Língua Escrita”, de Emilia Ferreiro, contribuiu muito para a compreensão desses níveis de aprendizagem.
LETRAMENTO: “o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o resultado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a cultura escrita.” (PRÓ-LETRAMENTO, 2006, Fascículo 1, p. 11)
À medida que uma criança demonstra competência em saber ler um bilhete; reconhecer um produto num supermercado e sua função, bem como, a ampla autonomia dentro da sala de aula na qual o educando demonstra habilidade em realizar as atividades sugeridas pelo professor e ou pela professora, pode-se considerar que a criança está se inserindo nessa CULTURA ESCRITA, ou seja, no USO SOCIAL DA ESCRITA.
Nesse sentido, verificar o conhecimento prévio do aluno – em períodos pré-estabelecidos – será importante porque proporcionará ao estudante avançar na cultura escrita contribuindo para a sua formação contínua como sujeito de uma aprendizagem que não é estanque, e que a cada dia possibilitará novos desafios para os primeiros anos da Educação Fundamental, e o desenvolvimento de suas competências lingüísticas: Ler, Escrever, Falar, Ouvir.
Como se sabe, o desenvolvimento de tais competências lingüísticas em situações diferentes de aprendizagem não acontece apenas espontaneamente. Elas precisam ser ensinadas sistematicamente e isso ocorre, principalmente nos anos iniciais da Educação Fundamental, pois essas capacidades estão relacionadas à atuação dos estudantes no campo da leitura, da produção de textos escritos e da compreensão e produção de textos orais, em situações diferentes das que são corriqueiras no cotidiano da criança, tendo em vista que se essas capacidades não forem exploradas nos primeiros anos do Ensino Fundamental elas poderão desencadear problemas caracterizadores do fracasso escolar nas próximas séries.
Os eixos relevantes para a apropriação da língua escrita estão assim distribuídos:
• Compreensão e valorização da cultura escrita
• Apropriação do sistema de escrita
• Leitura
• Produção de textos escritos
• Desenvolvimento da oralidade
Compreensão e valorização da cultura escrita: corresponde ao conhecimento prévio que a criança possui à medida que sabe localizar (mesmo sem saber ler) prédios como: escola, supermercado, hospital, bancas, bares, etc.) e a partir dessas informações transformá-las em recursos de aprendizagem como eixo relevante.
Apropriação do sistema de escrita refere-se distinção entre letras e desenhos; letras e rabiscos; letras e números; letras e símbolos gráficos como setas, asteriscos, sinais matemáticos; fonemas, grafemas.
Leitura compreende-se pela forma como o estudante passa a utilizar bibliotecas para manuseio; dispor-se a ler os escritos que organizam o cotidiano da escola (cartazes, avisos, circulares, murais, livros, etc.)
Produção de textos escritos relaciona-se com a forma como o estudante passa a escrever segundo o princípio alfabético e as regras ortográficas, produzir cartas, bilhetes, revisar e reelaborar a própria escrita, etc.
Desenvolvimento da oralidade compreende o modo como o aprendiz passa a participar das interações cotidianas em sala de aula; saber escutar; responder questões propostas; expor opiniões; respeitar a diversidade das formas de expressão oral manifestas em sala de aula; planejar a fala em situações formais
Um livro que colaborou muito para a compreensão de como ocorre essa apropriação da língua escrita foi “Alfabetização e Letramento”, de Magda Soares.
OS ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM
O espaço de aprendizagem é o ambiente alfabetizador, o local onde deve ser oportunizado o acesso ao conhecimento, a aprendizagem. Para tanto, é necessário que sejam utilizados todos os espaços disponíveis na Escola, não apenas se limitando a sala de aula, já que esta é a primeira que deve ser observada a partir da possibilidade de se desenvolver a competências lingüísticas, haja vista que, “Aquele professor ou professora que analisa sua classe, aprende a conhecer seus alunos, enxerga suas necessidades, busca atividades, ações, interferências para que os alunos avancem na qualidade do domínio do conhecimento escolar.” (PRÓ-LETRAMENTO, 2006, Fascículo 2, p. 24)
Para tanto, é necessário que a classe esteja devidamente organizada de maneira que os alunos possam ter acesso ao conhecimento que as competências lingüísticas oportunizam. Muitas vezes o estudante não compreende e ou valoriza sua cultura escrita, porque faltou ser elaborada com eles uma atividade significativa sobre os ambientes que os norteiam, tendo em vista que a apropriação do sistema de escrita não ocorre porque faltou visualizar pelo menos o sistema alfabético na sala onde eles estudam.
Na maioria das vezes os alunos não se sentem estimulados pela Leitura porque não existe um espaço/tempo destinado a esse fim em sala de aula. Há necessidade de se promover momentos de reflexão na sala para se aceitar o erro como possibilidade de acertos, principalmente no tocante a Produção de textos escritos por mais singelos que eles sejam; é necessário desenvolver a Oralidade do aluno valorizando sua realidade social, e a partir desse ponto oferecer outras formas de oralidade com vistas ao alcance da língua padrão, ampliando assim o conhecimento dos alunos.
Então, o desafio é possibilitar uma reflexão para agirmos sobre como deve estar organizada a nossa sala de aula? Bem sabemos que não existe uma resposta pronta e acabada, mas pensar sobre o cantinho da leitura, a existência do sistema alfabético, a presença de cartazes, a disposição das cadeiras em sala de aula, a limpeza do ambiente, o relacionamento entre professor x estudantes, e estudantes entre si nesses espaços de aprendizagem é muito importante porque em muito colaborará para que a criança se alfabetize letrando.
Visitar os outros espaços escolares para desenvolvimento das atividades planejadas ajudará o aluno a ampliar a concepção de que existem ambientes diversos onde se pode aprender, extrapolando sua significação além da sala de aula.
Uma leitura deleite, em ambientes diversificados (na sala, no cantinho da leitura, numa biblioteca, debaixo de uma árvore) pode se tornar mais significativa e estimuladora para os alunos do que realizá-la sempre em um único local. Os ambientes de aprendizagem devem proporcionar prazer para o educando favorecendo a legitimidade do LETRAMENTO.
Muitos são os espaços de aprendizagem. Entre eles, é possível citar:
Espaços internos:
• Sala de aula
• Cantinho da leitura
• Biblioteca
Espaços externos:
• Pátio da escola
• Debaixo de árvores
• Supermercados
Pelo que compartilhamos até o momento, percebemos que ALFABETIZAÇÃO e LETRAMENTO são processos diferentes, cada um com suas especificidades, mas complementares e inseparáveis, ambos indispensáveis.
Assim, não se trata de escolher entre alfabetizar ou letrar; trata-se de alfabetizar letrando e ou letrar alfabetizando. O nosso desafio é conciliar os dois processos visando um objetivo em comum: DESENVOLVER NO EDUCANDO HABILIDADES VOLTADAS A CONSTRUÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA, BEM COMO DA ORALIDADE E OUVIDA DO OUTRO ATRAVÉS DE ATIVIDADES AGRADÁVEIS, PRAZEROSAS E ESTIMULADORAS.
A título de sugestão, podemos melhorar ainda mais nossas práticas docentes, por meio de atividades que visem melhorar esse dialogo:
• Verificar o conhecimento prévio dos estudantes;
• Evitar apenas memorizar e ou reproduzir conceitos ou regras;
• Explorar os gêneros textuais;
• Estimular a leitura de formas variadas;
• Planejar aulas com habilidades específicas (leitura, oralidade, produção escrita, ouvir)
• Utilizar os recursos didático-pedagógicos disponíveis
• Transmitir segurança e afetividade para o aluno se sentir acolhido em sala
• Oportunizar ao aluno momentos para que ele expresse seu conhecimento em sala de aula demonstrando as competências lingüísticas
Explorar uma maior diversidade de gêneros textuais possível em sala, como forma de compartilhar produções escritas, impressas, digitalizadas capazes de transmitir informações. Entre eles:
• Bilhete
• Rótulo
• Notícia de jornal
• Horóscopo
• Folder
• Carta
• Etiqueta
• Capa de CD
• Papel de bombom / pirulito
• E-mail
• Capa de livro / revista
No que se refere à competência leitora, observa-se a necessidade de se trabalhar com vários tipos de leitura, entre eles:
• Individual em voz alta
• Individual silenciosa
• Grupal (estudantes)
• Coletiva (educador e estudantes)
• Sequenciada
• Alternada
• Comentada
De modo geral, nesse breve momento, conversamos sobre: Alfabetização, Níveis de evolução da escrita, Letramento, Competências lingüísticas, Eixos relevantes para apropriação da língua escrita, Espaços de aprendizagem, Tipos de leitura, Gêneros textuais, Sugestões. Assim, finalizo – por enquanto – nossa conversa lançando alguns questionamentos para refletirmos:
• Que novos caminhos e posturas para o trabalho na Alfabetização nós poderíamos adotar?
• Como podemos contribuir para que nossa aula se torne “diferente” a cada encontro?
• Como nós temos nos beneficiado do planejamento de nossas aulas para “fazer a diferença” com nossos educandos?
• Ao estudante basta estar Alfabetizado ou Letrado? Falta algo a mais nesse processo de aprendizagem?
Pense nisso! Um grande abraço.
(Hidelbrando Lino de Albuquerque)
Este texto foi produzido com a intenção de compartilhar o conhecimento obtido acerca do tema proposto por meio de leituras estudos e pesquisas em teóricos e estudiosos do assunto, como: Ana Teberosky, Emilia Ferreiro, Magda Soares, Paulo Freire, além das formações que tive o prazer de participar com os professores formadores do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores – PROFA; Programa de Formação Continuada de Professores das Séries Iniciais do Ensino Fundamental – PRÓ-LETRAMENTO – Alfabetização e Linguagem; Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II, entre outros. Vamos lá!
Há diferença entre ALFABETIZAÇÃO e LETRAMENTO? Os termos se aproximam ou se distanciam? Onde começa um e termina o outro? Ou os dois podem acontecer simultaneamente?
ALFABETIZAÇÃO: “um processo ativo por meio do qual a criança, desde seus primeiros contatos com a escrita, construiria e reconstruiria hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita, compreendida como um sistema de representação” (PRÓ-LETRAMENTO, 2006, Fascículo 1, p. 10).
Em linhas gerais, podemos considerar que a Alfabetização seria um aprendizado inicial da leitura e da escrita, da natureza e do funcionamento do sistema de escrita, segundo Emilia Ferreira e Ana Teberosky como um processo ativo por meio do qual a criança, não se limitaria apenas ao domínio de correspondência entre grafemas (letras ou grupos de letras: a, b, c, lh, rr, ss, entre outras) e fonemas (o som), mas como sendo o aprendizado que a criança alcança ao saber escrever reconhecendo as letras, grafar e reconhecer letras, usar o papel, entender a direcionalidade da escrita, pegar o lápis, codificar, estabelecer relações entre sons e letras, de fonemas e grafemas, percebendo unidades menores que compõem o sistema de escrita (palavras, sílabas, letras), resultante de uma interação entre o sujeito da aprendizagem e a língua escrita que ocorre desde o ambiente familiar da criança nos primeiros anos de idade até os outros espaços de aprendizagem (escola, comunidade). Nesse contexto, identificar os quatro níveis de evolução para a aquisição do sistema de escrita será fundamental para conhecer os caminhos que a criança percorre participando dessa construção. Trata-se, portanto de observar como ocorre a “Psicogênese da escrita” ou “Gênese da leitura e da escrita” apontados por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky nos quatro níveis de evolução da escrita, a saber:
1. Nível pré-silábico
2. Nível silábico
3. Nível silábico-alfabético
4. Nível alfabético
No nível pré-silábico, conhecido inicialmente também pela “construção de garatujas”, a criança não diferencia o desenho da escrita, pois supõe escrever produzindo pseudoletras, números entre letras, para nomes diferentes letras diferentes. Observa-se a hipótese desse nível em dois eixos: quantitativo e qualitativo.
Eixo quantitativo (número de letras)
geladeira = NIO
sol = AOUP
Mar = TOSACBI
Eixo qualitativo = hipótese: realismo nominal: nome de pessoas, animais e coisas têm relação com seu tamanho.
Patinho = COB
Pato = FRSUAEI
O nível silábico corresponde ao nível das hipóteses onde a escrita representa pautas sonoras da fala por meio da qual o aprendiz consegue atribuir uma letra para cada sílaba.
Celular = ELT (silábico evoluído)
Alegria = ABRL (silábico evoluído)
Estrela = IAD (silábico evoluído)
Nível silábico-alfabético essas hipóteses evoluem como um progresso do nível silábico para um nível mais aproximado do alfabético.
Milho = IO
Sol = OU
Tijolo = IOO
Óculos = OQU
Caixa = CAIZIO
Mão = MANU
No Nível alfabético percebe-se a capacidade que o estudante possui em fazer convencionalmente uma análise dos fonemas que escreve, bem como, observar a partir daí, problemas relativos à ortografia.
Tartaruga = TARLARUGA
Sol = SOU
Chocolate = Xocolate
A leitura no livro “Psicogênese da Língua Escrita”, de Emilia Ferreiro, contribuiu muito para a compreensão desses níveis de aprendizagem.
LETRAMENTO: “o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o resultado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a cultura escrita.” (PRÓ-LETRAMENTO, 2006, Fascículo 1, p. 11)
À medida que uma criança demonstra competência em saber ler um bilhete; reconhecer um produto num supermercado e sua função, bem como, a ampla autonomia dentro da sala de aula na qual o educando demonstra habilidade em realizar as atividades sugeridas pelo professor e ou pela professora, pode-se considerar que a criança está se inserindo nessa CULTURA ESCRITA, ou seja, no USO SOCIAL DA ESCRITA.
Nesse sentido, verificar o conhecimento prévio do aluno – em períodos pré-estabelecidos – será importante porque proporcionará ao estudante avançar na cultura escrita contribuindo para a sua formação contínua como sujeito de uma aprendizagem que não é estanque, e que a cada dia possibilitará novos desafios para os primeiros anos da Educação Fundamental, e o desenvolvimento de suas competências lingüísticas: Ler, Escrever, Falar, Ouvir.
Como se sabe, o desenvolvimento de tais competências lingüísticas em situações diferentes de aprendizagem não acontece apenas espontaneamente. Elas precisam ser ensinadas sistematicamente e isso ocorre, principalmente nos anos iniciais da Educação Fundamental, pois essas capacidades estão relacionadas à atuação dos estudantes no campo da leitura, da produção de textos escritos e da compreensão e produção de textos orais, em situações diferentes das que são corriqueiras no cotidiano da criança, tendo em vista que se essas capacidades não forem exploradas nos primeiros anos do Ensino Fundamental elas poderão desencadear problemas caracterizadores do fracasso escolar nas próximas séries.
Os eixos relevantes para a apropriação da língua escrita estão assim distribuídos:
• Compreensão e valorização da cultura escrita
• Apropriação do sistema de escrita
• Leitura
• Produção de textos escritos
• Desenvolvimento da oralidade
Compreensão e valorização da cultura escrita: corresponde ao conhecimento prévio que a criança possui à medida que sabe localizar (mesmo sem saber ler) prédios como: escola, supermercado, hospital, bancas, bares, etc.) e a partir dessas informações transformá-las em recursos de aprendizagem como eixo relevante.
Apropriação do sistema de escrita refere-se distinção entre letras e desenhos; letras e rabiscos; letras e números; letras e símbolos gráficos como setas, asteriscos, sinais matemáticos; fonemas, grafemas.
Leitura compreende-se pela forma como o estudante passa a utilizar bibliotecas para manuseio; dispor-se a ler os escritos que organizam o cotidiano da escola (cartazes, avisos, circulares, murais, livros, etc.)
Produção de textos escritos relaciona-se com a forma como o estudante passa a escrever segundo o princípio alfabético e as regras ortográficas, produzir cartas, bilhetes, revisar e reelaborar a própria escrita, etc.
Desenvolvimento da oralidade compreende o modo como o aprendiz passa a participar das interações cotidianas em sala de aula; saber escutar; responder questões propostas; expor opiniões; respeitar a diversidade das formas de expressão oral manifestas em sala de aula; planejar a fala em situações formais
Um livro que colaborou muito para a compreensão de como ocorre essa apropriação da língua escrita foi “Alfabetização e Letramento”, de Magda Soares.
OS ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM
O espaço de aprendizagem é o ambiente alfabetizador, o local onde deve ser oportunizado o acesso ao conhecimento, a aprendizagem. Para tanto, é necessário que sejam utilizados todos os espaços disponíveis na Escola, não apenas se limitando a sala de aula, já que esta é a primeira que deve ser observada a partir da possibilidade de se desenvolver a competências lingüísticas, haja vista que, “Aquele professor ou professora que analisa sua classe, aprende a conhecer seus alunos, enxerga suas necessidades, busca atividades, ações, interferências para que os alunos avancem na qualidade do domínio do conhecimento escolar.” (PRÓ-LETRAMENTO, 2006, Fascículo 2, p. 24)
Para tanto, é necessário que a classe esteja devidamente organizada de maneira que os alunos possam ter acesso ao conhecimento que as competências lingüísticas oportunizam. Muitas vezes o estudante não compreende e ou valoriza sua cultura escrita, porque faltou ser elaborada com eles uma atividade significativa sobre os ambientes que os norteiam, tendo em vista que a apropriação do sistema de escrita não ocorre porque faltou visualizar pelo menos o sistema alfabético na sala onde eles estudam.
Na maioria das vezes os alunos não se sentem estimulados pela Leitura porque não existe um espaço/tempo destinado a esse fim em sala de aula. Há necessidade de se promover momentos de reflexão na sala para se aceitar o erro como possibilidade de acertos, principalmente no tocante a Produção de textos escritos por mais singelos que eles sejam; é necessário desenvolver a Oralidade do aluno valorizando sua realidade social, e a partir desse ponto oferecer outras formas de oralidade com vistas ao alcance da língua padrão, ampliando assim o conhecimento dos alunos.
Então, o desafio é possibilitar uma reflexão para agirmos sobre como deve estar organizada a nossa sala de aula? Bem sabemos que não existe uma resposta pronta e acabada, mas pensar sobre o cantinho da leitura, a existência do sistema alfabético, a presença de cartazes, a disposição das cadeiras em sala de aula, a limpeza do ambiente, o relacionamento entre professor x estudantes, e estudantes entre si nesses espaços de aprendizagem é muito importante porque em muito colaborará para que a criança se alfabetize letrando.
Visitar os outros espaços escolares para desenvolvimento das atividades planejadas ajudará o aluno a ampliar a concepção de que existem ambientes diversos onde se pode aprender, extrapolando sua significação além da sala de aula.
Uma leitura deleite, em ambientes diversificados (na sala, no cantinho da leitura, numa biblioteca, debaixo de uma árvore) pode se tornar mais significativa e estimuladora para os alunos do que realizá-la sempre em um único local. Os ambientes de aprendizagem devem proporcionar prazer para o educando favorecendo a legitimidade do LETRAMENTO.
Muitos são os espaços de aprendizagem. Entre eles, é possível citar:
Espaços internos:
• Sala de aula
• Cantinho da leitura
• Biblioteca
Espaços externos:
• Pátio da escola
• Debaixo de árvores
• Supermercados
Pelo que compartilhamos até o momento, percebemos que ALFABETIZAÇÃO e LETRAMENTO são processos diferentes, cada um com suas especificidades, mas complementares e inseparáveis, ambos indispensáveis.
Assim, não se trata de escolher entre alfabetizar ou letrar; trata-se de alfabetizar letrando e ou letrar alfabetizando. O nosso desafio é conciliar os dois processos visando um objetivo em comum: DESENVOLVER NO EDUCANDO HABILIDADES VOLTADAS A CONSTRUÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA, BEM COMO DA ORALIDADE E OUVIDA DO OUTRO ATRAVÉS DE ATIVIDADES AGRADÁVEIS, PRAZEROSAS E ESTIMULADORAS.
A título de sugestão, podemos melhorar ainda mais nossas práticas docentes, por meio de atividades que visem melhorar esse dialogo:
• Verificar o conhecimento prévio dos estudantes;
• Evitar apenas memorizar e ou reproduzir conceitos ou regras;
• Explorar os gêneros textuais;
• Estimular a leitura de formas variadas;
• Planejar aulas com habilidades específicas (leitura, oralidade, produção escrita, ouvir)
• Utilizar os recursos didático-pedagógicos disponíveis
• Transmitir segurança e afetividade para o aluno se sentir acolhido em sala
• Oportunizar ao aluno momentos para que ele expresse seu conhecimento em sala de aula demonstrando as competências lingüísticas
Explorar uma maior diversidade de gêneros textuais possível em sala, como forma de compartilhar produções escritas, impressas, digitalizadas capazes de transmitir informações. Entre eles:
• Bilhete
• Rótulo
• Notícia de jornal
• Horóscopo
• Folder
• Carta
• Etiqueta
• Capa de CD
• Papel de bombom / pirulito
• Capa de livro / revista
No que se refere à competência leitora, observa-se a necessidade de se trabalhar com vários tipos de leitura, entre eles:
• Individual em voz alta
• Individual silenciosa
• Grupal (estudantes)
• Coletiva (educador e estudantes)
• Sequenciada
• Alternada
• Comentada
De modo geral, nesse breve momento, conversamos sobre: Alfabetização, Níveis de evolução da escrita, Letramento, Competências lingüísticas, Eixos relevantes para apropriação da língua escrita, Espaços de aprendizagem, Tipos de leitura, Gêneros textuais, Sugestões. Assim, finalizo – por enquanto – nossa conversa lançando alguns questionamentos para refletirmos:
• Que novos caminhos e posturas para o trabalho na Alfabetização nós poderíamos adotar?
• Como podemos contribuir para que nossa aula se torne “diferente” a cada encontro?
• Como nós temos nos beneficiado do planejamento de nossas aulas para “fazer a diferença” com nossos educandos?
• Ao estudante basta estar Alfabetizado ou Letrado? Falta algo a mais nesse processo de aprendizagem?
Pense nisso! Um grande abraço.
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